FIGO DE TORRES NOVAS
Tipo
Frutos frescos
Região
Centro
Descrição
O Figo é o fruto da Figueira – Ficus carica L. Na Região de Torres Novas predominam duas variedades diferentes: Preto de Torres Novas e Pingo de Mel. A denominação FIGO DE TORRES NOVAS cobre exclusivamente os figos frescos ou secos das duas variedades referidas: preto de Torres Novas e Pingo de Mel. Estes nomes podem ainda ser complementados com a expressão “lampos” ou “temporões” para os figos frescos colhidos em Maio/Julho e “vindimos” para os figos frescos produzidos em Agosto/Setembro. Globalmente, o figo de Torres Novas é um fruto de sabor doce característico, muito rico em fibras e minerais como o cálcio, magnésio e potássio. Caracteriza-se ainda por conter teores razoáveis de vitaminas C, B1 e B2. O seu valor calórico (80 calorias/100g) elege-o como um bom alimento energético. O figo Preto de Torres Novas, quando produzido nesta região e no estado de maturação adequado para consumo, é de pequeno calibre e arredondado. A epiderme é totalmente violácea, lisa, baça, com pouco polvilho e com fendilhamento irregular pouco marcado. Estes figos apresentam um elevado teor em açúcar. Maturação na 1ª quinzena de Junho. O figo Pingo de Mel, quando produzido nesta região e no estado de maturação adequado para consumo, é de calibre médio, a epiderme é verde-amarelada e é muito resistente ao transporte. Esta variedade produz normalmente uma gota de sumo no ostíolo do figo maduro que se assemelha a um pingo-de-mel e impede a passagem de insectos ou fungos para o interior do figo. Maturação na 1ª quinzena de Agosto. O figo de Torres Novas tem dupla aptidão e pode ser comercializado em fresco ou em seco.
Particularidades
O figo seco é rico em vitaminas B e C, contém elevados teores de sais minerais, especialmente cálcio, fósforo e potássio. É um excelente alimento energético apresentando um elevado valor calórico (274 calorias/100g). Associada a esta riqueza nutritiva, está o seu sabor peculiar, muito característico e apetecível. Figo Preto de Torres Novas - É a variedade mais representativa. O fruto é globoso, com calibre pequeno (100/110 figos/kg), apresentando alto teor em açúcar. Esta variedade, a mais representativa, possui, em seco, as seguintes características: Humidade 22 a 24%, teor de açúcar 50 a 55%, celulose 5,8% e cinzas 3,2%. Pingo de Mel - Fruto piriforme e de calibre médio, sendo o número de figos secos por kg compreendido entre 70 e 80 (23 figos frescos /kg). Epiderme amarelada. Polpa muito clara e muito doce.
História
A produção de figo em Torres Novas (também aí conhecido e designado por “preto”, “Mulato” ou “Industrial”) remonta ao princípio do século XIX. Foi por esta altura que começou a plantação de figueirais em Torres Novas, para a produção de figos para a obtenção de álcool, como alternativa à vinha, uma vez que esta cultura foi dizimada pela filoxera. Esta doença destruiu grandes áreas de vinha no país deixando assim de existir matéria-prima para a obtenção de álcool. Surgiram assim vastos figueirais, predominando a variedade figo preto que, bem-adaptada às condições edafo-climáticas existentes, foi ganhando novos terrenos. Foi reconhecido que o figo produzido na Região de Torres Novas era a única matéria-prima disponível com segurança para o fabrico do álcool e cria-se a “Região Demarcada de Torres Novas” (1936), à qual se requisita todo o figo. Até aos finais da década de 70 do século XX, a Administração Geral do Açúcar e do Álcool garantia o escoamento de todo o figo que era transformado em álcool. O surgimento de alternativas mais baratas para a produção do álcool, como a beterraba sacarina, fez com que esse destino comercial do figo deixasse de ser rentável (DGDR, 2001). Na região de Torres Novas a cultura tradicional encontra-se em consociação com a oliveira, sendo, no entanto, o figueiral estreme que predomina em larga escala. Uma vez que a variedade preta apresentava pouco interesse cultural para consumo em fresco, foi sendo introduzida gradualmente a variedade “Pingo de Mel”. Os figos pretos – mais pequenos, pouco resistentes ao transporte e perecíveis - são actualmente maioritariamente comercializados e muito apreciados em seco ou “passa”. Os figos “Pingo de Mel são comercializados em fresco ou secos. Note-se que a área do Figueiral de Torre Novas é cerca de 10.000 ha, divididos entre figueirais estremes (2500 ha) e figueirais mistos (7500 ha), o que por si só demonstra a enorme importância que a produção de figos ainda tem nesta Região.
Saber fazer
Na secagem utilizam-se tabuleiros de madeira, devidamente protegidos do orvalho, assim como da traça. Após secagem natural, o figo vai sendo retirado, efectuando-se nesta altura uma primeira escolha, que consiste na separação dos frutos conforme o seu tamanho e qualidade, retirando-se os defeituosos ou parasitados.
Produção
A cultura da figueira é tradicional e uma das mais antigas no mundo, devido à riqueza nutricional dos figos e ao seu efeito benéfico na saúde e até na cosmética. Os figos podem ser consumidos em fresco ou em seco tendo estes uma grande facilidade de conservação e de transporte e de fácil ingestão. Têm ainda uma infinidade de possibilidades de transformação e apresentação. As primeiras colheitas iniciam-se em meados de Agosto, quando os frutos se apresentam maduros ou em estado de meia-pasta.
Área geográfica de produção
Distritos
SANTAREMConcelhos
TORRES NOVASApresentação Comercial
Os figos são calibrados e colocados em cuvetes de 0,5 a 1 kg quer em tabuleiros de cartão ou madeira com a capacidade até 5 kg, preservando a boa conservação e apresentação do produto com destino ao mercado.
Produtores
MELÃO CASCA DE CARVALHO DO VALE DO SOUSA
Fruto de casca bem firme, bastante aromático, com sabor activo, equilibrado entre o doce e o apimentado, apresentando alto teor de açúcar em comparação com outros ecótipos cultivados noutras zonas. A polpa é sumarenta, mas não em excesso, tem textura vítrea com ou sem fibras, de cor variável sendo maioritariamente encontrada a cor salmão. Quando maduro as sementes ficam soltas, fazendo ruído ao sacudir o fruto.
ANONA DA MADEIRA - DOP
"Anona da Madeira" são os frutos das diversas variedades da família das Annonaceae, género Annona, espécie Annona cherimola Mill. (correspondente à A. tripetala de Aiton). Caracterizam-se por terem forma cordiforme, sendo a superfície, em correspondência com cada carpelo, mais irregular na base do fruto do que no ápice. A epiderme é mais ou menos lisa ou apresenta pequenas protuberâncias de forma cónica. Casca fina e delicada.Consoante a variedade, a coloração varia entre o verde claro, o verde amarelado e o verde bronzeado. O índice de sementes oscila entre seis a nove por cada 100 g de polpa. O teor em açúcar varia entre os 17,5 e os 21 °Brix. O peso das anonas oscila entre os 100 g e 2 kg, sendo o peso médio de 450 g.
ANANÁS DOS AÇORES/SÃO MIGUEL - DOP
Frutos provenientes da espécie Ananas comosus (L) Merril da família das Bromeliáceas e variedade Cayene "folhas lisas". Tem forma cilíndrica, ligeiramente afusado, com casca de cor laranja forte e polpa amarela translúcida. Apresenta, no seu interior e ao centro, um tronco duro que vai desde a coroa ao pedicelo.
CEREJA DE ALFÂNDEGA DA FÉ
"Cereja de Alfândega da Fé" é o fruto proveniente de diversas variedades de cerejeira (Prunus avium L) tradicionalmente cultivadas no concelho de Alfândega da Fé e áreas limítrofes. Apresenta polpa dura, crocante, açucarada, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado, sendo resistente ao rachamento.
MAÇÃ BRAVO DE ESMOLFE - DOP
Pequena maçã de Outono obtida a partir da cultivar Bravo derivada da Malus Domestica Bockh, apresentando uma conservação prolongada e sendo particularmente perfumada e sumarenta. Tem uma forma oblongo-cónica, com diâmetro equatorial de cerca de 5 cm, casca esbranquiçada, por vezes com manchas avermelhadas, manchada ou raiada, com carepa na fossa peduncular, de polpa branca, macia, sumarenta e doce. Aroma intenso e agradável.
MAÇÃ DA BEIRA ALTA - IGP
Fruto proveniente de diversas variedades da macieira Malus Domestica Bokh. São produzidas por variedades dos grupos Golden, Gala, Red delicious, Starking, Jonagold, Granny Smith, Jonared e Reineta. As suas características são as próprias da respectiva variedade mas distinguem-se das suas similares produzidos noutras regiões pelo sabor característico, com elevado teor de açúcar, consistência da polpa e coloração acentuada resultante das condições edafo-climáticas (de invernos muito rigorosos e verões quentes e secos). Cada maçã pesa em média de 160 a 170 g e tem um calibre de 50 a 55 mm.