CARTUCHOS DE AMÊNDOA DE CERNACHE DO BONJARDIM
Tipo
Produtos de padaria, de pastelaria, de confeitaria ou da indústria de bolachas e biscoitos
Região
Beiras
Descrição
Doce composto por um invólucro, em forma de “cartucho” ou cone, de massa fina e estaladiça, com bordos irregulares na extremidade superior sendo o recheio, de doce de ovos com amêndoa, bem visível. Tanto o cartucho como o recheio apresentam cor heterogénea, podendo a do cartucho variar entre o bege e o castanho claro e a do recheio variar entre o amarelo-torrado e o laranja, pigmentado com amêndoa de tonalidades entre o bege e o castanho claro. O cartucho apresenta aroma e sabor característico onde se evidência a manteiga e a amêndoa, complementado pelo recheio onde predominam um aroma e sabor complexos, a ovo, cozido em açúcar, e a amêndoa.
Particularidades
Os Cartuchos de amêndoa de Cernache do Bonjardim apresentam características diferenciadas em relação a todos os outros “doces conventuais”. Desde logo pela forma dada à capa – enrolada em cone, ou “cartucho”. Além disso há dois outros factores que conferem diferenciação elevada a este doce: o facto de a massa do cartucho incorporar amêndoa picada grosseiramente e o facto de ser a massa do cartucho cozida em forno e não frita, como é bastante mais usual
História
É um doce de grande especificidade, preparado à base de doce de ovos envolvidos numa fina película de massa cravejada de amêndoa britada. Uma perdição! Podemos considerá-lo como um doce Conventual, muito embora se desconheça com rigor a sua origem, já que na vila de Cernache do Bonjardim existia, além de outros, o convento de S. José, que foi fundado por Frei Pedro de São Paulo em 1699, para hospício dos frades do Capuchos do Convento de Santo António da Sertã. Por outro lado, em 1805, veio para esta vila a Ordem Terceira das Servas de Maria para a Educação das raparigas. E nada nos diz que este doce não tivesse aí a sua origem.
Saber fazer
Tendo em conta a necessidade de tudo aproveitar, até ao limite, para alimentar as famílias, os habitantes da Sertã desenvolveram técnicas de conservação de alimentos e de utilização de todas as matérias-primas disponíveis, trabalhando-as com um saber fazer específico, que se desenvolveu ao longo dos anos. Ainda hoje a maior parte das operações tecnológicas de produção dos Cartuchos de amêndoa de Cernache do Bonjardim requer um enorme saber fazer especializado – desde a preparação da amêndoa no momento, evitando perdas dos compostos aromáticos e rancificação e desenvolvimento de outros aromas e sabores estranhos, passando pelo ponto exacto da cozedura das gemas de ovos com o açúcar até à moldagem dos cartuchos e o seu enchimento com o recheio em quantidade tal que não transborde nem retire a friabilidade da massa do cartucho. De salientar que todas estas operações são manuais, não sendo possível a respectiva automatização face á natureza das matérias-primas usadas e aos requisitos de qualidade exigidos quer no cartucho quer no recheio.
Área geográfica de produção
Concelhos
SERTÃForma de utilização
Em qualquer altura do dia ou como sobremesa de grande mérito
Conselhos de uso
Os Cartuchos de amêndoa de Cernache do Bonjardim devem ser consumidos tal qual.
Forma
CÓNICA
Peso
de 40,00g a 60,00g
Consistência exterior
FRIÁVEL
Textura Exterior
RUGOSA
Consistência Interior
CREMOSA
Textura Interior
GRANULOSA
Apresentação Comercial
Em embalagens de cartão com 4 ou 6 unidades, com firmeza suficiente para proteger a fina massa dos cartuchos.
Condições de conservação / Durabilidade
No frigorífico ou em lugar fresco e seco tem uma duração média de 8 dias
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Caderno de Especificações e Documento Único " cartuchos de Amêndoa de Cernache do Bonjardim"
Produtores
BROA DE MILHO DO VALE DO SOUSA
Pão de mistura elaborado através de um processo de fabrico específico da região, sendo determinante o uso da farinha obtida dos milhos brancos lisos, do tipo “flint”, maioritariamente de origem regional, em que se incluem as variedades locais Pigarro, Verdial de Aperrela e Verdial de Cete. À farinha de milho é, ainda, adicionada farinha de centeio de origem regional podendo, na sua ausência, ser usada farinha de trigo.
BOLO DO CACO DA MADEIRA - MCA
O Bolo do Caco da Madeira é um pão cuja massa é constituída por farinha de trigo, batata-doce da Madeira, fermento de padeiro e/ou “massa lêveda”, água e sal, sendo um produto típico da Região Autónoma da Madeira. Tem a forma de um cilindro baixo com costas lisas ou ligeiramente abauladas Ao corte, a massa apresenta um miolo denso com alvéolos pequenos que contribuem para tornar a massa elástica.
BÔLA DE LAMEGO
A bôla de Lamego é feita de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, manteiga, banha de porco ou azeite, recheada com carnes (bôla de carne de Lamego), com bacalhau (bôla de bacalhau de Lamego), com sardinha (bôla de sardinha de Lamego) ou com carne de vinha d’alhos (bôla de vinha d’alhos), em que a carne é temperada em vinho e alho, antecipadamente. Cada bôla de Lamego pesa cerca de 850 g, tem formato rectangular e é baixa.
Preparado a partir de farinha de trigo, ovos e gorduras, recheado com carnes fumadas de porco. A cor varia entre amarelo e castanho claro, apresentando ao corte uma massa alveolada, de cor amarelada, entremeada pelas carnes. O peso oscila entre 0,5 e 3 kg. A massa é ligeiramente salgada e gordurosa e as carnes mantêm o sabor original.
FOLAR DE VALPAÇOS - IGP
O Folar de Valpaços é um produto de panificação recheado com carne de porco gorda e/ou entremeada salgada e seca (não fumada), barriga de porco salgada e seca (não fumada), enchidos de porco fumados (salpicão e linguiça), presunto de porco curado pelo fumo ou de cura natural e/ou pá de porco fumada. Ao corte são perceptíveis pedaços dispersos e irregulares das carnes que compõem o recheio e que visualmente compõem um mosaico colorido em que se distinguem as diferentes cores das mesmas. É cozido em formas individuais.
PASTEL DE CHAVES - IGP
O «Pastel de Chaves» é um produto de pastelaria constituído por massa finamente folhada, recheada com um preparado à base de carne de vitela picada. Apresenta textura exterior firme e estaladiça contrastando fortemente com a textura do recheio que é espesso, macio, húmido, suculento e fundente. Ao corte vertical, a massa apresenta um conjunto de lâminas muito finas, o que confere ao pastel um aspeto finamente folhado. A porção superior da massa apresenta uma cor amarelo-dourado que contrasta com a porção inferior levemente humedecida e escurecida pelo picado de carne. Numa posição central surge o recheio que apresenta um aspeto heterogéneo, resultante dos diversos ingredientes que o compõem, sendo reconhecíveis pedaços de carne e de cebola.