CARNE DOS AÇORES - IGP
Tipo
Carne de bovino
Região
Açores
Descrição
A carne dos Açores - proveniente de animais da espécie bovina nascidos, criados e abatidos na RAA, segundo os moldes tradicionais - apresenta-se tenra, com cor variável sendo rosada na carne de vitelo (a), vermelha a vermelha escura no novilho (a) e vermelha escura, na carne de vaca, com ligeira infiltração de gordura a nível intramuscular. Dependendo do sexo e idade ao abate, a carne dos Açores distingue-se em 3 tipos: Vitelo (a) - Carne obtida de vitelos (as) cujas carcaças pesem até 180 kgs e cujo abate ocorra entre os 5 e os 9 meses; Novilho (a) – Carne obtida de novilhos cujas carcaças pesem mais de 180 kgs e cujo abate ocorra até aos 24 meses de idade, ou de novilhas cujas carcaças pesem mais de 175 kgs e cujo abate ocorra até aos 30 meses de idade ou até a primeira parição; Vaca - carne obtida a partir de bovinos cujas carcaças pesem mais de 200 kgs e cujo abate ocorra a partir da parição.
Particularidades
Carne com grande suculência, textura macia e aroma e sabor característico, próprio e inerente ao modo de produção tradicional, nomeadamente à forma de pastoreio e ao tipo de alimentação
História
Os Açores possuem um sistema de produção natural, que possibilita a manutenção de uma relação equilibrada entre a produção animal e as condições ecológicas das diferentes ilhas. Os animais são, tal como “manda” a tradição, criados nas pastagens açoreanas, sendo que as condições pascícolas da região estão intima e directamente relacionadas com a conjugação do binómio vegetação/clima. De facto, é enorme a importância que as pastagens açoreanas ocupam na agricultura do arquipélago, quer pela sua extensão, quer pela sua fertilidade, quer pelo facto de serem determinantes na elevada população pecuária existente. Desde o século XVI que os historiadores e cronistas se referem às qualidades da carne produzida nos Açores que nada tem a ver com uma raça determinada mas sim com o sistema de produção usado.
Saber fazer
O Saber fazer manifesta-se na preocupação, por parte dos produtores, em manter o conjunto das tradições ancestrais e sui-generis da exploração pecuária característica dos Açores conseguindo, assim, obter um produto de qualdade diferenciada e reputada. As caraterísticas da carne dos Açores estão, pois, intimamente ligadas, por um lado, às condições edafo-climáticas dos Açores, propícias à criação de gado em pastagens naturais e, por outro, aos métodos ancestrais de alimentação e condução do gado seguido pelas populações da região.
Produção
A "carne dos Açores" é produzida na área geográfica constante do Despacho 1/2000/A, do Secretário Regional de Agricultura e Pescas da Região Autónoma dos Açores, de 04/02/2000, publicado no DR nº 57, IIª Série, de 8/3/2000; Reconhecida a Indicação Geográfica pelo Despacho acima; Registada e protegida a Indicação Geográfica Protegida Açores, para carne, pelo Regulamento (CE) nº 617/2003 da Comissão, de 04-04 - JO L 89/3, de 05/04/2003;
Forma de utilização
Apesar de ser consumida ao longo do ano, a Carne dos Açores tem um papel fundamental no decurso das festividades religiosas do Espírito Santo, do Senhor Santo Cristo dos Milagres bem como pela Páscoa e no Natal. Serve de base aos famosos “Cozido das Furnas”, "Alcatra da Terceira", "Sopas do Espírito Santo", “Molha do Pico”, "Caçoula", etc.
Consistência Interior
FIRME
Suculência Interior
MUITO SUCULENTO
Textura Interior
MACIA
Apresentação Comercial
A carne dos Açores pode apresentar-se em carcaças inteiras, meias carcaças, peças ou embalada em peças inteiras ou fatiadas; A carne proveniente de animais cujas carcaças atinjam o estado de gordura igual ou superior a 4 só pode apresentar- se comercialmente embalada em "Couvettes" ou em vácuo.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Caderno de Especificações "Carne dos Açores"; Ficha descritiva "Carne dos Açores"
Produtores
Pontos de Venda
A Colmeia - Gourmet (RESTAURANTE)
Ambientes com Sabores (RESTAURANTE)
Antavá (RESTAURANTE)
Açorcarnes, Lda (TALHO)
El Corte Inglês Supermercado (LISBOA)
Makro Albufeira (LOJA)
Makro Alfragide (LOJA)
Makro Braga (LOJA)
Makro Coimbra (LOJA)
Makro Leiria (LOJA)
Makro Matosinhos (LOJA)
Makro Palmela (LOJA)
Makro Vila Nova de Gaia (LOJA)
Supermercado Continente - Lisboa - Colombo
Supermercado Continente - Lisboa - Vasco da Gama
Supermercado Continente - Oeiras
Supermercado Supercor - Beloura (Grupo El Corte Inglês)
Supermercado Supercor - Porto - Fluvial (Grupo El Corte Inglês )
CARNALENTEJANA - DOP
Carne de cor rosa escura a vermelha escura com gordura firme, não exsudativa e de coloração variável de branco a amarelo, obtida a partir de animais de Raça Alentejana, inscritos no Livro de Nascimento e filhos de pais e mães inscritos no Livro Genealógico da Raça Bovina Alentejana, criados em sistema extensivo. Dependendo da idade e peso ao abate, a carne distingue-se em: "Vitela", "Vitelão", “Novilha”, “Novilho”, “Vaca” e “Touro”.
CARNE BARROSÃ - DOP
Carne particularmente suculenta, tenra e fina, proveniente da desmancha de carcaças de bovinos da raça Barrosã, inscritos no Registo Zootécnico ou no Livro Genealógico da Raça Barrosã. Dependendo da idade e peso ao abate a carne distingue-se em: "Carne de Vitela" - carcaça de animais abatidos entre os 5 e os 9 meses, com peso compreendido entre 70 e 130 kg – carne rosada a vermelha clara e gordura branca a branco-sujo; "Carne de Novilho" - carcaça de animais cujas idades variam entre 9 e 36 meses, com peso mínimo de 130 kg – carne de cor vermelha clara e gordura branca a cremosa; “Carne de Vaca” - carcaça de animais abatidos entre os três e quatro anos de idade e com peso mínimo de 130 kg – carne de cor vermelha escura e gordura branco-suja.
CARNE MIRANDESA - DOP
Carne muito saborosa e suculenta, de consistência firme e ligeiramente húmida, obtida a partir de animais da Raça Mirandesa criados no seu solar de origem. A cor vai de rosa clara a vermelha clara, com gordura branca homogeneamente distribuída, com distribuição intramuscular moderada no novilho. O músculo é de grão fino, com consistência firme e ligeiramente húmida. Provém de Bovinos da raça Mirandesa que possuem grande corpulência, com uma cor castanha que vai escurecendo para as extremidades. Na cabeça destaca-se a marrafa saliente e coberta com um tufo de pêlos alourados. Têm particular reputação duas peças integrantes destas carcaças e que estão protegidas pela Denominação de Origem: a Posta e o Rodião, que só podem designar-se como “Mirandeses” se cumpridas todas as regras e imposições legais.
CARNE MARONESA - DOP
Carne de cor rosa escura (vitela) a avermelhada escura (vaca), obtida a partir de animais da Raça Maronesa. Tem uma suculência extraordinária.
CARNE MARINHOA - DOP
Carne muito tenra e suculenta, de consistência firme, obtida a partir de animais da Raça Marinhoa, inscritos no Livro de Nascimentos e filhos de pai e mãe inscritos no Livro Genealógico da Raça Marinhoa. Apresenta-se como Vitela – carcaças ou peças provenientes de animais abatidos até aos 8 meses de idade Peso de carcaça entre 70 kg e180 Kg.; Vitelão – carcaças ou peças provenientes de animais abatidos entre os 8 e os 12 meses de idade. Peso de carcaça até 240 kg; Novilho – carcaças ou peças provenientes de machos, ou fêmeas, abatidos entre os 12 e os 30 meses Peso de carcaça superior a 180 Kg; Vaca – carcaças ou peças provenientes de fêmeas com idade superior a 30 meses. Peso de carcaça superior a 220 kg; Touro – carcaças ou peças provenientes de machos com idade superior a 30 meses. Peso de carcaça superior a 220 kg.
CARNE DO JARMELO
Carne proveniente de animais da raça Jarmelista, inscritos no Livro Genealógico da Raça Jarmelista, nascidos e criados na área geográfica delimitadade. De cor rosa/rosa escura a vermelha/vermelha escura, apresenta consistência firme e ligeiramente húmida, com gordura firme, não exsudativa e de coloração variável de branco a amarelo, distribuída homogeneamente. Dependendo da idade e peso ao abate, a carne distingue-se em: "Vitela/o", "Vitelão", “Novilha/o”, “Vaca” e “Touro”.