ACRIGUARDA
MEDALHA DE OURO na 10.ª edição CN Carnes Tradicionais Portuguesas em 2021 na categoria de CARNES
Carne de bovino
Beiras
Carne proveniente de animais da raça Jarmelista, inscritos no Livro Genealógico da Raça Jarmelista, nascidos e criados na área geográfica delimitadade. De cor rosa/rosa escura a vermelha/vermelha escura, apresenta consistência firme e ligeiramente húmida, com gordura firme, não exsudativa e de coloração variável de branco a amarelo, distribuída homogeneamente. Dependendo da idade e peso ao abate, a carne distingue-se em: "Vitela/o", "Vitelão", “Novilha/o”, “Vaca” e “Touro”.
Linha de refrigerados e linha de congelados
As particularidades da Carne do Jarmelo são a resultante das características dos bovinos que se adaptaram e desenvolveram em sintonia com as condições edafo-climáticas existentes na região de origem, designadamente com a altitude e com a existência de alimentos disponíveis ao longo do ano, tomando inclusivamente o nome da região como nome da própria raça (raça Jarmelista) O resultado é uma carne tenra, muito suculenta e muito saborosa.
A primeira referência a esta raça foi feita em 1870 por Silvestre Bernardo Lima. No arroamento do gado de 1870 dizia-se: “… a raça Jarmelista acha-se localizada no antigo concelho do Jarmelo, que hoje faz parte do da Guarda…Esta graça é sem contestação não só a melhor do distrito mas talvez a do país e atrevo-me mesmo a dizer que pode rivalizar a vários respeitos com muitas raças estrangeiras”. E prosseguia : “… não julgue V. Excelência que exagero as boas qualidades destes animais…ainda hoje existem bastantes indivíduos puros como sendo reservatório da raça, que não lhes acudindo em breve desaparecerá…” Mais tarde, em 1904 João Tierno afirmava “A ganadaria vacum do Jarmello tão pouco corresponde a qualquer forma intermédia; afigura-se-nos, como logo se dirá, que não é uma sub-raça, mas um verdadeiro grupo ethnico independente…”. Afirmava ainda este autor “… Esta raça, autóctone, esteve quase extinta nas últimas décadas, mas graças a um conjunto de pessoas e organizações movidos pela vontade de dar a conhecer e preservar o património territorial da região, através dos seus elementos mais diferenciadores, como é o caso da carne do Jarmelo, a sua extinção foi evitada.
O saber fazer está patente no regime de produção destes animais explorados numa região de montanha caracterizada por pastagens de altitude, com condições climáticas de grandes amplitudes térmicas. O sistema de exploração é extensivo, onde predomina o minifúndio. Os animais de raça Jarmelista são animais rústicos, perfeitamente adaptados a todas as condições desfavoráveis características da região onde se inserem. Os animais adultos alimentam-se directamente das pastagens naturais com fornecimento de forragens, aveia, centeio (palha e grão) e feno, em épocas adversas e de maior necessidade alimentar (por exemplo durante o Inverno ou nos períodos de gestação). Outros produtos agrícolas poderão contribuir para a alimentação dos animais, tais como o milho, o azevém, a luzerna, ervas e fenos dos lameiros ou ervas e arbustos espontâneos dos montes. Os animais jovens (até aos 8 meses de idade) são alimentados com leite materno, tendo também acesso ao pasto e forragens, nomeadamente aveia, centeio (palha e grão) e feno. As cobrições ocorrem naturalmente durante todo o ano, uma vez que os machos acompanham sempre a vacada.
Tratando-se de uma carne muito saborosa deve ser cozinhada com a maior simplicidade.
ROSA-ESCURO
FIRME
SUCULENTO
A Carne do Jarmelo pode apresentar-se comercialmente em carcaças, meias-carcaças, quartos de carcaça ou em peças inteiras ou fatiadas ou, ainda, sob a forma de carne picada. As peças inteiras ou fatiadas ou a carne picada podem apresentar-se frescas, refrigeradas ou congeladas, mas sempre devidamente acondicionadas.
Carne de cor rosa escura a vermelha escura com gordura firme, não exsudativa e de coloração variável de branco a amarelo, obtida a partir de animais de Raça Alentejana, inscritos no Livro de Nascimento e filhos de pais e mães inscritos no Livro Genealógico da Raça Bovina Alentejana, criados em sistema extensivo. Dependendo da idade e peso ao abate, a carne distingue-se em: "Vitela", "Vitelão", “Novilha”, “Novilho”, “Vaca” e “Touro”.
Carne particularmente suculenta, tenra e fina, proveniente da desmancha de carcaças de bovinos da raça Barrosã, inscritos no Registo Zootécnico ou no Livro Genealógico da Raça Barrosã. Dependendo da idade e peso ao abate a carne distingue-se em: "Carne de Vitela" - carcaça de animais abatidos entre os 5 e os 9 meses, com peso compreendido entre 70 e 130 kg – carne rosada a vermelha clara e gordura branca a branco-sujo; "Carne de Novilho" - carcaça de animais cujas idades variam entre 9 e 36 meses, com peso mínimo de 130 kg – carne de cor vermelha clara e gordura branca a cremosa; “Carne de Vaca” - carcaça de animais abatidos entre os três e quatro anos de idade e com peso mínimo de 130 kg – carne de cor vermelha escura e gordura branco-suja.
Carne muito saborosa e suculenta, de consistência firme e ligeiramente húmida, obtida a partir de animais da Raça Mirandesa criados no seu solar de origem. A cor vai de rosa clara a vermelha clara, com gordura branca homogeneamente distribuída, com distribuição intramuscular moderada no novilho. O músculo é de grão fino, com consistência firme e ligeiramente húmida. Provém de Bovinos da raça Mirandesa que possuem grande corpulência, com uma cor castanha que vai escurecendo para as extremidades. Na cabeça destaca-se a marrafa saliente e coberta com um tufo de pêlos alourados. Têm particular reputação duas peças integrantes destas carcaças e que estão protegidas pela Denominação de Origem: a Posta e o Rodião, que só podem designar-se como “Mirandeses” se cumpridas todas as regras e imposições legais.
Carne de cor rosa escura (vitela) a avermelhada escura (vaca), obtida a partir de animais da Raça Maronesa. Tem uma suculência extraordinária.
Carne muito tenra e suculenta, de consistência firme, obtida a partir de animais da Raça Marinhoa, inscritos no Livro de Nascimentos e filhos de pai e mãe inscritos no Livro Genealógico da Raça Marinhoa. Apresenta-se como Vitela – carcaças ou peças provenientes de animais abatidos até aos 8 meses de idade Peso de carcaça entre 70 kg e180 Kg.; Vitelão – carcaças ou peças provenientes de animais abatidos entre os 8 e os 12 meses de idade. Peso de carcaça até 240 kg; Novilho – carcaças ou peças provenientes de machos, ou fêmeas, abatidos entre os 12 e os 30 meses Peso de carcaça superior a 180 Kg; Vaca – carcaças ou peças provenientes de fêmeas com idade superior a 30 meses. Peso de carcaça superior a 220 kg; Touro – carcaças ou peças provenientes de machos com idade superior a 30 meses. Peso de carcaça superior a 220 kg.
Posta retirada da alcatra do animal, tenra, suculenta com cor avermelhada.