ERVA PRINCIPE BIO (Infusão) - MPB
Tipo
Plantas, ou ervas, aromáticas para preparação de infusões e tisanas
Região
Alentejo
Descrição
Muitas vezes referimo-nos a chás, infusões e tisanas como se fossem a mesma coisa mas na realidade estas bebidas apresentam diferenças importantes tanto a nível dos seus ingredientes como a nível das suas propriedades e benefícios sobre o nosso corpo. Entende-se por infusão toda a bebida feita a partir da imersão de uma planta aromática em água quente, com o intuito de lhe extrair substâncias activas. No caso, em questão, trata-se de uma infusão feita a partir das folhas secas de Erva-Príncipe obtidas em Modo Produção Biológica (MPB). A Erva-Príncipe (Cymbopogon citratus) - que os franceses designam por “citronnelle” e os ingleses por “lemongrass” - possui folhas lineares alongadas e lanceoladas em forma de lâmina. As margens das folhas são ásperas e cortantes. O constituinte principal desta erva é um óleo essencial denominado citra, que é também encontrado no lmão e na laranja, e que ajuda a sintetizar a vitamina A. Entre as várias utilizações desta planta destacam-se as infusões feitas a partir das suas folhas, secas ou mesmo frescas. Esta infusão, plena de benefícios para a saúde, apresenta um fantástico aroma fesco a limão e um delicioso sabor citríco que deixa, durante algum tempo, uma agradável sensação de frescura na boca.
Variantes
Para além da infusão de erva-príncipe BIO a AROMAS DA VILA produz uma variedade enorme de infusões compostas por deliciosas Plantas Aromáticas e Medicinais, de distinta qualiddade, obtidas em Modo de Produção Biológica. Venha descobrir todo um mundo de deliciosos sabores e sensações. Não existem outras bebidas tão nutritivas e reconfortantes como as infusões (e as tisanas) de plantas aromáticas e medicinais.
Particularidades
Para além do modo de produção biológica - privilegiando a utilização de recursos da própria exploração e excluindo o uso de químicos de síntese, como fertilizantes e pesticidas - as espécies produzidas na AROMAS DA VILA possuem ainda de características organolépticas singulares, pois beneficiam do microclima proporcionado pela Serra de São Mamede. Pertencendo ao grupo das denominadas Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM), a erva-príncipe além das propriedades antioxidantes, apresenta também propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, anti- bacterianas e anticancerígenas, sendo a sua infusão indicada para tratar problemas digestivos, depressivos e das vias urinárias, entre outros.
História
A expressão “Plantas Aromáticas e Medicinais – PAM” é utilizada indistintamente, como forma de designar um grupo de plantas que se distinguem pelos seus fins e características. A Península Ibérica é um dos maiores centros de diversidade de plantas aromáticas e medicinais (PAM) do Mundo, devido à influência continental, mediterrânica e atlântica. Das 3800 espécies identificadas na flora do Continente, Açores e Madeira, cerca de 500 são aromáticas e medicinais (Figueiredo et al., 2007). Desde sempre o Homem utilizou as plantas que encontrava, primeiro como alimento, complementando a caça e a pesca e, depois, porque foi conhecendo melhor as suas características e propriedades, passou a usá-las também para fins curativos e aromáticos. Na Idade Média, todos os conventos tinham um horto em que as plantas medicinais estavam localizadas junto à enfermaria e as aromáticas junto à cozinha. Os jardins eram também um local de contemplação e de lazer (Mesquita, 2004). A utilização de PAM teve o seu apogeu no século XVII, quando começaram a integrar as plantas dos jardins e a riqueza destes era avaliada pelo número de espécies de PAM que tinham (Ferreira e Saraiva, 2006). A produção e utilização de PAM têm vindo a aumentar de forma acentuada nos últimos anos em todos os Continentes, não sendo a Europa excepção. Portugal tem as condições ideais, ao nível de clima, para produzir algumas espécies com bastante sucesso, em modo de produção biológica.
Saber fazer
Na escolha da espécie a produzir, além das condições edafoclimáticas e da disponibilidade de água, o valor económico das mesmas deve ser equacionado em função do destino da produção, nomeadamente para consumo em fresco, para secagem ou para extração de óleos essenciais (Ferreira et al., 2012). Escolhida a cultura e o local de produção, é importante avaliar o estado nutricional do terreno, bastando para tal efetuar análises de terra antes da implantação da cultura para, se necessário, proceder às fertilizações de implantação e de manutenção. Um plano de fertilização equilibrado induz o aumento da produção de plantas de qualidade (Veloso, 2015). Embora as PAM sejam plantas rústicas quando no seu estado espontâneo, em cultura podem ser infestadas ou infetadas por pragas e doenças. Para produzir matéria-prima de qualidade, será indispensável optar por um modo de produção ‘amigo’ do ambiente e do consumidor, tais como por exemplo a Produção Integrada e a Produção Biológica. Na Aromas da Vila optou-se pelo MPB (modo produção Biológico) e pelas ‘Boas Práticas de Produção e de Colheita’, que contemplam um conjunto de procedimentos a seguir para uma produção sustentável do ponto de vista técnico, social e económico, de modo a obter uma produção de qualidade e com o menor impacto ambiental. Só deste modo é possível garantir a qualidade e a segurança alimentar dos produtos finais. As plantas produzem-se bem na maior parte dos tipos de solo, incluindo os mais pesados, desde que exista uma boa drenagem e não fiquem encharcados no Inverno.
Área geográfica de produção
Distritos
PORTALEGREConcelhos
PORTALEGREFreguesias
ALEGRETEForma de utilização
Ao contrário do que é comummente efectuado, a água utilizada na preparação da infusão não deve ser fervida, isto é, atingir a temperatura de 100 ºC, ela deve ser aquecida até temperaturas inferiores a 100 ºC (Lee and Chambers, 2006) para extrair os compostos das plantas, através da técnica de infusão. - Modo de preparação quando em corte grosso: Ponha ao lume um litro de água até atingir uma temperatura na ordem dos 75-90 ºC. Junte quatro colheres de sopa de erva-príncipe. Deixe em infiusão entre 5 e 10 minutos. Coe a infusão e está pronta para beber. - Modo de preparação quando em saqueta: Coloque a saqueta em infusão durante 5 minutos em água aquecida a cerca de 90 ºC. Retire a saqueta e está pronta a beber. No Verão, pode juntar umas pedras de gelo à infusão de erva-príncipe, depois de fria, e obterá um refresco agradável e saudável. Experimente juntar também um pau de canela.
Conselhos de uso
Ao contrário do que é comummente efetuado, a água utilizada na preparação da infusão não deve ser fervida, isto é atingir a temperatura de 100 ºC, ela deve ser aquecida até temperaturas inferiores a 100 ºC (Lee and Chambers, 2006) para extrair os compostos das plantas, através da técnica de infusão.
Cor Interior
VERDE-AMARELADO
Limpidez
LÍMPIDO
Aroma Interior
CÍTRICO
Sabor Interior
DOCE
Apresentação Comercial
As infusões da Aromas da Vila estão disponíveis em corte grosso - que representa a forma de uso mais tradicional - comercalizadas em pacotes de 25g ou 30 Gr. Estão também disponíveis em saquetas - práticas e modernas - comercializadas em caixas com 20 saquetas.
Condições de conservação / Durabilidade
Todas as plantas utilizadas em infusões, devem ser preservadas do calor, de diferenças acentuadas de temperatura e cheiros intensos. Guardar as plantas em local freso, seco e sem luz solar direta, é o recomendado. Têm uma durabildade de 2 a 3 anos sem perder características, desde que observadas as condições de conservação.
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
Aromas da Vila - Produção e Comercialização de Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda. / Plantas Aromátivas e Medicinais (PAM) - INIAV - Unidade Estratégica Investigação e Serviços de Sistemas Agrários e Florestais e Sanidade Vegetal (SAFSV-SQ 1/2016 - Julho 2016) / ACPP - Associação de Cozinehrios Profissionais de Portugal - Crónica Dr. Miguel Boieiro / Agricultura Biológica - pensamentos, actos e omissões por Pedro Santos