Produtos

- DOP

Tipo

Azeite

Região

Alentejo

Descrição

Azeite extraído por processos mecânicos dos frutos da Olea europea sativa Hoffg, das variedades Galega Vulgar (mínimo de 60 %), Cordovil de Serpa e/ou Cobrançosa (máximo de 40 %), tolerando-se outras variedades num máximo de 5 %, com exclusão absoluta de Picual e Maçanilha. Possui as características que permitem qualificá-lo como azeite virgem extra e azeite virgem nos termos da Regulamentação Comunitária.

Particularidades

Azeite de cor amarelo dourado ou esverdeado, aroma frutado suave de azeitona madura e/ou verde e outros frutos, nomeadamente maçã e/ou figo e grande sensação de doce.

História

Foram os fenícios e principalmente os romanos que introduziram a oliveira no Alentejo Interior, e que trouxeram melhorias para a plantação, enxertia e extracção de azeite. As ruínas de lagares, pesos de prensas e vestígios de fornos cerâmicos de ânforas oleárias constituem provas convincentes do fabrico de azeite neste Alentejo Romano. Os Alentejanos sempre tiveram pela oliveira um grande respeito e carinho, quase veneração, cuidando dela como um património a deixar às gerações seguintes. "Sempre imperou na gastronomia do Alentejo Interior, tendo um passado histórico, económico e gastronómico, anterior à fundação da Nacionalidade" (Saramago, 1997).

Saber fazer

A época da colheita é determinada pelo estado de maturação dos frutos e é efectuada com vista à obtenção de azeite de qualidade. Para extracção deste azeite só são utilizadas as azeitonas colhidas nas árvores sãs e em plena maturação. O Azeite do Alentejo Interior é extraído pelo processo de prensagem ou pelo processo de centrifugação. O processamento da azeitona é determinado, não pelo tempo de chegada, mas sim, pela sua qualidade. Assim, a azeitona de melhor qualidade é processada em primeiro lugar. Na moenda realizada por sistemas que utilizam moinhos de pedra, a exposição da pasta ao oxigénio do ar provoca alterações químicas do azeite, pelo que a sua permanência no moinho é restringida ao mínimo tempo possível. Nos sistemas que utilizam moinhos de martelos, a pulverização dos frutos pode originar emulsões e consequentes dificuldades na separação do azeite, pelo que o tamanho dos crivos utilizados está de acordo com o calibre dos frutos e, principalmente, com o seu estado de maturação. Crivos com orifícios mais pequenos são usados para maturação mais precoce e os crivos com orifícios de maior diâmetro, são usados para maturações mais adiantadas. A pasta é moída e batida a uma temperatura máxima de 30º C, facilitando a operação posterior de separação de fases e a conservação de aromas importantes do fruto original que permanecem neste azeite. Na separação de fases a pressão máxima utilizada é de 50 atm. A temperatura do azeite à saída desta operação não excede os 30º C. O azeite é depois armazenado em depósitos revestidos em material inócuo e facilmente lavável. Estes depósitos estão colocados em armazéns, dotados de um sistema de isolamento que evita as temperaturas elevadas e proporciona ao azeite condições térmicas estáveis de 16 a 17º C. O azeite é acondicionado em ambiente isento de sujidades, fumos, cheiros ou outras condições que possam alterar as suas características físicas, químicas ou organolépticas.

Produção

O "Azeite do Alentejo Interior" é produzido na área geográfica constante do Despacho nº15 983/2001, de 4 de Julho; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima; Registada e protegida a Denominação de Origem Alentejo Interior pelo Regulamento (CE) 148/07, de 15/02

Área geográfica de produção



Concelhos

ALVITOBEJACUBAFERREIRA DO ALENTEJOPORTELVIANA DO ALENTEJOVIDIGUEIRA

Freguesias

ALCARIA RUIVAALJUSTRELENTRADASERVIDELRIO DE MOINHOS AJTSÃO JOÃO DE NEGRILHOSTORRÃO

Forma de utilização

Culinária tradicional: saladas, pratos de carnes e de peixes, bolos, etc

Apresentação Comercial

Apresenta-se devidamente acondicionado em embalagens de origem; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, as menções «Azeite do Alentejo Interior - Denominação de Origem Protegida», o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).

Condições de conservação / Durabilidade

Conservar em local seco, fresco e ao abrigo de luz .

Disponibilidade ao longo do ano

Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Bibliografia/Fonte

- Caderno de Especificações "Azeite do Alentejo Interior DOP"; - Ficha Resumo "Azeite do Alentejo Interior DOP";

Produto

AZEITES DA BEIRA INTERIOR (Azeite da Beira Alta, Azeite da Beira Baixa) - DOP

Apresentam características que permitem a sua classificação como azeite virgem extra e azeite virgem nos termos da Regulamentação Comunitária. Dadas as características organolépticas e as variedades de azeitona, os Azeites da Beira Interior integram duas áreas geográficas diferentes: - Azeites da Beira Alta – DOP: obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, Cornicabra, Carrasquenha, Negrinha, Madural e Cobrançosa; - Azeites da Beira Baixa - DOP: Obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, mas também da Bical e Cordovil.

Produto

AZEITE DE MOURA - DOP

O "Azeite de Moura" possui as características que permitem qualificá-lo como azeite virgem extra e azeite virgem nos termos da Regulamentação Comunitária. Obtido, por processos mecânicos, a partir de azeitonas das variedades Cordovil, Verdeal e Galega. É um azeite de acidez baixa ou muito baixa, de cor amarela esverdeada. O aroma e sabor que lhe são próprios são devidos às variedades Galega e Verdeal. O alto teor de ácidos monoinsaturados provem principalmente da variedade Cordovil.

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