BOLO DO CACO DA MADEIRA - MCA
Tipo
Produtos de padaria, de pastelaria, de confeitaria ou da indústria de bolachas e biscoitos
Região
Madeira
Descrição
O Bolo do Caco da Madeira é um pão cuja massa é constituída por farinha de trigo, batata-doce da Madeira, fermento de padeiro e/ou “massa lêveda”, água e sal, sendo um produto típico da Região Autónoma da Madeira. Tem a forma de um cilindro baixo com costas lisas ou ligeiramente abauladas Ao corte, a massa apresenta um miolo denso com alvéolos pequenos que contribuem para tornar a massa elástica.
Particularidades
Apresenta massa macia, fruto da sua cozedura directamente sobre a pedra quente, e um sabor e aroma doce resultante da Batata-Doce da Madeira.
História
A origem do Bolo do Caco da Madeira é muito remota e tudo indica dever-se à influência árabe na sociedade madeirense, a qual data ao século XV. Esta presença está diretamente relacionada com a cultura da cana-de-açúcar e a primeira fase da implantação da vinha, quando «à ilha chegaram os primeiros escravos guanches, marroquinos e africanos, que contribuíram para o arranque económico do arquipélago». Actualmente é possível encontrar semelhanças entre o Bolo do Caco da Madeira e alguns pães que se mantêm na tradição alimentar do Magrebe, pães achatados com pouco ou nenhum fermento, do tipo “khobs” ou “kesra” e de assadura rápida. Por outro lado, a adição da batata-doce resulta da falta cíclica de cereias na Ilha da madeira, o que obrigou os padeiros inventivos a suprirem tal falta com a adição da polpa do tubérculo. Obtiveram assim, por força da necessidade aliada ao engenho, um produto ímpar. Saliente-se a enorme diferença que resulta quer do saber fazer regional quer do enriquecimento com batata doce, fazendo do Bolo do caco da Madeira um produto único e ímpar cuja protecção urge para evitar as adulterações que abundam no mercado, designadamente no continente, lesando os produtores da Madeira e enganando os consumidores em geral.
Saber fazer
O produto é obtido por um sistema de fabrico tradicional que utiliza farinha de trigo, fermento (massa lêveda ou bola de fermento), batata doce reduzida a puré e água morna temperada com sal. Toda esta mistura é então muito bem amassada e batida, de forma ininterrupta, até adquirir uma consistência elástica. Após concluído o processo de amassadura, a massa é deixada em repouso a levedar. Feita e fermentada a massa do Bolo do caco da Madeira, divide-se em bolas que se achatam em forma de "bolachas", com cerca de dois dedos de espessura, e que se deixam a fermentar durante mais algum tempo. As "bolachas" de massa são depois cozidas lentamente, em lume brando, sobre uma pedra de basalto quente, ou “caco” (sendo daqui que surge o seu nome original - Bolo do Caco).
Forma de utilização
Serve-se normalmente, ainda quente, barrado com manteiga de alho e salsa. Aconselha-se o seu uso nas primeiras horas após a cozedura pois apresenta um paladar inegavelmente superior.
Conselhos de uso
Aconselha-se o seu uso nas primeiras horas após a cozedura pois apresenta um paladar inegavelmente superior.
Ingredientes
Farinha de trigo
Batata doce
Fermento
Água
Sal
Forma
CILÍNDRICA
Apresentação Comercial
O Bolo do Caco da Madeira apresenta-se inteiro, acondicionado em: Sacos de plástico biodegradável microperfurado, ou sacos de papel com características alimentares, ou caixas de cartão com características alimentares.
Condições de conservação / Durabilidade
Conservado em local fresco e seco dura 24 horas
Disponibilidade ao longo do ano
Bibliografia/Fonte
AIPCRAM - Associação de Industriais de Panificação, Pastelaria e Confeitaria da Região Autónoma da Madeira
Produtores
BROA DE MILHO DO VALE DO SOUSA
Pão de mistura elaborado através de um processo de fabrico específico da região, sendo determinante o uso da farinha obtida dos milhos brancos lisos, do tipo “flint”, maioritariamente de origem regional, em que se incluem as variedades locais Pigarro, Verdial de Aperrela e Verdial de Cete. À farinha de milho é, ainda, adicionada farinha de centeio de origem regional podendo, na sua ausência, ser usada farinha de trigo.
BÔLA DE LAMEGO
A bôla de Lamego é feita de farinha de trigo, fermento de padeiro, água, manteiga, banha de porco ou azeite, recheada com carnes (bôla de carne de Lamego), com bacalhau (bôla de bacalhau de Lamego), com sardinha (bôla de sardinha de Lamego) ou com carne de vinha d’alhos (bôla de vinha d’alhos), em que a carne é temperada em vinho e alho, antecipadamente. Cada bôla de Lamego pesa cerca de 850 g, tem formato rectangular e é baixa.
Preparado a partir de farinha de trigo, ovos e gorduras, recheado com carnes fumadas de porco. A cor varia entre amarelo e castanho claro, apresentando ao corte uma massa alveolada, de cor amarelada, entremeada pelas carnes. O peso oscila entre 0,5 e 3 kg. A massa é ligeiramente salgada e gordurosa e as carnes mantêm o sabor original.
FOLAR DE VALPAÇOS - IGP
O Folar de Valpaços é um produto de panificação recheado com carne de porco gorda e/ou entremeada salgada e seca (não fumada), barriga de porco salgada e seca (não fumada), enchidos de porco fumados (salpicão e linguiça), presunto de porco curado pelo fumo ou de cura natural e/ou pá de porco fumada. Ao corte são perceptíveis pedaços dispersos e irregulares das carnes que compõem o recheio e que visualmente compõem um mosaico colorido em que se distinguem as diferentes cores das mesmas. É cozido em formas individuais.
PASTEL DE CHAVES - IGP
O «Pastel de Chaves» é um produto de pastelaria constituído por massa finamente folhada, recheada com um preparado à base de carne de vitela picada. Apresenta textura exterior firme e estaladiça contrastando fortemente com a textura do recheio que é espesso, macio, húmido, suculento e fundente. Ao corte vertical, a massa apresenta um conjunto de lâminas muito finas, o que confere ao pastel um aspeto finamente folhado. A porção superior da massa apresenta uma cor amarelo-dourado que contrasta com a porção inferior levemente humedecida e escurecida pelo picado de carne. Numa posição central surge o recheio que apresenta um aspeto heterogéneo, resultante dos diversos ingredientes que o compõem, sendo reconhecíveis pedaços de carne e de cebola.
CARTUCHOS DE AMÊNDOA DE CERNACHE DO BONJARDIM
Doce composto por um invólucro, em forma de “cartucho” ou cone, de massa fina e estaladiça, com bordos irregulares na extremidade superior sendo o recheio, de doce de ovos com amêndoa, bem visível. Tanto o cartucho como o recheio apresentam cor heterogénea, podendo a do cartucho variar entre o bege e o castanho claro e a do recheio variar entre o amarelo-torrado e o laranja, pigmentado com amêndoa de tonalidades entre o bege e o castanho claro. O cartucho apresenta aroma e sabor característico onde se evidência a manteiga e a amêndoa, complementado pelo recheio onde predominam um aroma e sabor complexos, a ovo, cozido em açúcar, e a amêndoa.