Produtos

MEL DAS TERRAS ALTAS DO MINHO - DOP

Tipo

Mel

Região

Entre Douro e Minho

Descrição

Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera, sp. Iberica, a partir do néctar das flores da flora característica desta região montanhosa, principalmente ericáceas (o teor de pólen deve ser no minimo de 15%). O "mel das Terras Altas do Minho" que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % pode utilizar a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.

Particularidades

Mel de cor acentuadamente escura, dada a predominância de urze na sua composição polínica, rico em alguns sais minerais e com níveis de cristalização médios e regulares.

História

São inúmeros os vestígios físicos, escritos e mesmo orais do potencial produtivo de mel e cera na região e a sua ligação com os costumes e hábitos dos residentes ou mesmo com os animais domésticos ou selvagens que aqui existiam. Uma das indicações mais antigas surge no século XII onde os habitantes da antiga freguesia de Freitas, hoje lugar de freguesia de Covide, concelho de Terras de Bouro, deviam anualmente pagar ao rei dois quarteiros (200 Kg) de cera de abelha. Também no reinado de D. Afonso III se referia que os habitantes de Cabana Maior deviam pagar ao rei pela posse da herdade de Meendo uma "escudela de favoos de mel pelo Saneio Johanne". Também o Prof. Júlio Henriques (1886) diz que " è boa e obseqaiadora a genle destas Urras. Há aqui uns restos de costumes antigos, alguns não pouco curiosos. Cada povoação tem um colmeal comum, onde cada habitante pode ter as suas colmeias".

Saber fazer

A produção do mel das Terras Altas do Minho é feita nas regiões de montanha da parte noroeste do país, com muita pluviosidade e que apresenta recortes naturais que originam locais de abrigo excelentes para o desenvolvimento das colónias de abelhas. A abelha negra, Apis mellifera mellifera aqui utilizada está muito bem adaptada às condições edafoclimáticas e tem boa capacidade de recolha. As práticas culturais dos apicultores, herdadas dos seus antepassados, são as seguintes: A transumância das colmeias apenas é permitida dentro da área geográfica e está sujeita a autorização prévia. Os apiários não podem estar a menos de 1000 metros de áreas de produção florestal de eucalipto. Não é permitida a alimentação artificial das colónias de abelhas. A cresta, que deve ser realizada entre 15 de Julho e 15 de Setembro, é feita pelos métodos: ar sob pressão, escova das abelhas, ou escapa-abelhas. São proibidos os métodos com produtos repelentes, sejam sólidos, liquidos, ou gasosos. A operação de extracção e decantação do mel. tem obrigatoriamente de ser realizada dentro da área da produção e em salas de extracção para o efeito aprovadas. Também o acondicionamento tem de ser feito, na origem, nas salas de extracção atrás referidas ou em instalações de acondicionamento para o efeito aprovadas.

Produção

Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 31/94, de 17-01; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima referido; Registada e protegida a Denominação de Origem pelo Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12-06 - JO L 148, de 21-06.

Área geográfica de produção



Concelhos

AMARANTEAMARESAROUCABAIÃOCABECEIRAS DE BASTOCASTELO DE PAIVACELORICO DE BASTOCINFÃESFAFEMARCO DE CANAVESESMONDIM DE BASTOPAREDESPOVOA DE LANHOSORESENDERIBEIRA DE PENATERRAS DE BOUROVALE DE CAMBRAVIEIRA DO MINHOVILA VERDE

Freguesias

ABRAGÃOCANADOCANELAS PNFCAPELASCARREGOSACASTELÕES PNFCESARCOVELO GDMFAJÕESFOZ DO SOUSAFRIANDE FLGJUGUEIROSLOMBA GDMLOUREDO VFRLUZIMMACINHATA DA SEIXAMEDASMEIRESNOGUEIRANOGUEIRA DO CRAVO OAZOSSELAPALMAZPINDELOPINHEIRO FLGRIO MAU PNFROMARIZSANTÃOSEBOLIDOSENDIM FLGSÃO MAMEDE RECEZINHOSSÃO MARTINHO RECEZINHOSTRAVANCA OAZVALE VFRVILA CHÃ DE S. ROQUEVILA COVA PNFVILA VERDE FLG

Forma de utilização

Produto utilizado para barrar o pão ou bolachas; É particularmente utilizado como adoçante e produto da culinária regional.

Cor Exterior

CASTANHO-ESCURO

Consistência exterior

FLUIDA

Apresentação Comercial

O mel das TAM pode apresentar-se sob a forma de mel centrífugado - no estado liquido (fluido) ou sólido (cristalizado) - ou de mel em favos, desde que totalmente operculado e sem criação. Deve ser acondicionado em ambalagens de material inerte, inócuo, próprio para géneros alimentícios; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, as menções «Mel das Terras Altas do Minho - Denominação de Origem Protegida», o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).

Condições de conservação / Durabilidade

Conservar à temperatura ambiente.

Disponibilidade ao longo do ano

Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Bibliografia/Fonte

- “Produtos Tradicionais Portugueses”, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001 - Coordenadora Geral – Ana Soeiro; - Caderno de Especificações "Mel das Terras Altas do Minho;

Produto

MEL DE BARROSO

Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) - considerada por alguns investigadores como sub raça da Apis mellifera iberica - na região montanhosa do Barroso, a partir da flora característica. Tem cor escura (> a 8 na escala de Pfund), cheiro e sabor reveladores da flora melífera regional, com forte predominância de ericáceas. Ao mel que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % poderá ser atribuída a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.

Produto

- DOP

Mel produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) de cor âmbar claro (< a 5 na escala de Pfung) e com elevado índice de cristalização. Produzido no Nordeste do país, com flora mediterrânica característica da região montanhosa continental, onde predomina o rosmaninho, a urze e a soagem (Lavanda stoechas, Lavandula pardarculata, Genista alba), etc. Teor de pólen de rosmaninho (Lavanda stoecha e Lavanda padarculata) > 15 %, em situação de predominância. Se tiver mais de 35 % de pólen de rosmaninho, pode usar a menção "Mel de Rosmaninho”.

Produto

- DOP

Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), definido em quatro sub-tipos: - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica da Serra d'Aire: cor clara (entre 2,5 e 6 na escala de Pfund), produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) a partir de néctar de flores cheiro e sabor floral (labiadas), pólen de Rosmarinus, Lavandula e Mentha (no total  15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica da Albufeira de Castelo de Bode: cor clara ( 6 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (ericáceas), pólen de Ericaceas (E. Arborea, E. Umbellata, E.lusitanica, E.australis, Calluna, Arbustus unedo) (no total  10 %), Mirtus, Viburnum, Rubus, Castanea, Cistaceae, Rahmnus e Jasione montana (no total  20 % ); - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica do Bairro: cor variável (entre 1 e 8 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (soagem e cardo), pólen de Echium ( 15 %), Rubus, Trifolium, Compositae, liguliflorae e Cruciferae (no total  15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica do Alto Nabão: cor variável (entre 6 e 11 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (eucalipto), pólen de Eucalyptus ( 15 %), Echium, Compositae liguflorae e Crucíferae (no total  15 %).

Produto

- DOP

Mel produzido pela abelha Apis melífera (sp. Iberica), a partir do néctar das flores da flora característica da região do Alentejo. A cristalização é fina e compacta e tanto o cheiro e o sabor como a cor (amarelo transparente até ambarino) variam consoante a respectiva composição polínica. O mel do Alentejo DOP é classificado como: - Mel de rosmaninho: pólen predominante de Lavanda stoechas L. (> 13%) - de cor clara, indo do quase transparente até ao âmbar claro, de aroma e paladar finíssimos e leves; - Mel de soagem: pólen predominante de Echium spp. (> 40%), com grande tendência para cristalizar, devido à relação frutose/glucose. No estado líquido a cor varia de âmbar claro a âmbar. A cristalização é compacta, fina e esbranquiçada ou amarelada. O aroma e o paladar são suaves; - Mel de eucalipto: pólen predominante de Eucaliptus spp. (> 40%), de cor âmbar, de paladar pronunciado e forte, característico dos eucaliptais; - Mel de laranjeira: pólen predominante de Citrus spp. (> 15%), de cor clara, paladar delicado e aroma característico das fragrâncias dos laranjais; - Mel multifloral: mel proveniente de néctar produzido por espécies existentes nas pastagens naturais, zonas de pousio sem predominância de nenhuma espécie. Contudo, terá sempre uma das seguintes plantas (> 5%): Esteva, Sargaço, Rosmaninho, Soagem, Eucalipto, Cardo, Tomilho, Laranjeira e Alecrim. A cor varia entre o âmbar claro e o âmbar escuro, e o aroma e o paladar são ricos, perfumados e profundos.

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