Produtos

- DOP

Tipo

Mel

Região

Trás-os-Montes e Alto Douro

Descrição

Mel produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) de cor âmbar claro (< a 5 na escala de Pfung) e com elevado índice de cristalização. Produzido no Nordeste do país, com flora mediterrânica característica da região montanhosa continental, onde predomina o rosmaninho, a urze e a soagem (Lavanda stoechas, Lavandula pardarculata, Genista alba), etc. Teor de pólen de rosmaninho (Lavanda stoecha e Lavanda padarculata) > 15 %, em situação de predominância. Se tiver mais de 35 % de pólen de rosmaninho, pode usar a menção "Mel de Rosmaninho”.

Particularidades

Mel de cor âmbar, ao qual o pólen de rosmaninho, em predominância, confere sabor específico.

História

O mel do nordeste transmontano foi sempre considerado um dos melhores do país. Eduardo Sequeira faz referência à sua utilização em culinária e doçaria nos Concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo. Refere-se, ainda, à existência "...de mais de 30 cereeiros ou meleiros na Freguesia de Felgueiras...", considerando-a um grande centro de comércio e indústria de mel e cera. Naquela aldeia ainda existem os lagares de cera, praticamente abandonados e passados. A utilização de uma linguagem técnica típica desta região faz pensar que a actividade remonta a muitos séculos atrás. O autor cita vários exemplos desta linguagem técnica, como por exemplo estintrar (tirar a traça das colmeias), machia (excesso de machos na colmeia), tempesar (tirar o excesso de habitantes inúteis) etc. Também João Ignácio F. Lapa ilustra um trabalho com 2 fotografias representando operações apícolas num colmeal pertencente à Sociedade Clemente Menéres e Eugénio Guedes de Andrade, em Jerusalém de Romeu (Mirandela).

Saber fazer

É produzido em terrenos incultos, por vezes em locais circulares vedados com muros de alvenaria. Não é permitida a transumância para fora da região. Os apiários não devem estar instalados a menos de 1 000 m de áreas de produção florestal de eucalipto. A cresta deve ser efectuada entre 1 de Julho e 1 de Setembro, preferencialmente pelo sistema de pressão de ar ou pelo sistema tradicional de escova das abelhas. É proibida a utilização de repelentes. A operação de extracção e decantação do mel deve ser efectuada dentro da área de produção e o mel nunca pode registar uma temperatura que exceda 45 ºC.

Produção

Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 30/94, de 17-01; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima mencionado; Registada e protegida a Denominação de Origem pelo Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12-06.

Área geográfica de produção



Concelhos

ALFANDEGA DA FECARRAZEDA DE ANSIÃESFREIXO DE ESPADA A CINTAMACEDO DE CAVALEIROSMIRANDELAMOGADOUROTORRE DE MONCORVOVALPAÇOSVILA FLORVILA NOVA DE FOZ COA

Forma de utilização

É consumido tal qual ou na doçaria tradicional.

Apresentação Comercial

Apresenta-se sob a forma de mel centrifugado ou mel em favos. Deve ser acondicionado em frascos de vidro; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, as menções «Mel da Terra Quente - Denominação de Origem Protegida», o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).

Condições de conservação / Durabilidade

Conservar à temperatura ambiente em local seco e fresco.

Disponibilidade ao longo do ano

Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Bibliografia/Fonte

Texto e fotos extraídos de: - “Produtos Tradicionais Portugueses”, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001, Coordenadora Geral – Ana Soeiro;

Produto

MEL DE BARROSO

Mel produzido pela abelha negra Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) - considerada por alguns investigadores como sub raça da Apis mellifera iberica - na região montanhosa do Barroso, a partir da flora característica. Tem cor escura (> a 8 na escala de Pfund), cheiro e sabor reveladores da flora melífera regional, com forte predominância de ericáceas. Ao mel que possua um teor de pólen de ericáceas superior a 35 % poderá ser atribuída a designação de “Mel de Urze” ou “Mel de Queiró”.

Produto

- DOP

Mel produzido pela abelha Apis mellifera (sp. Iberica), definido em quatro sub-tipos: - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica da Serra d'Aire: cor clara (entre 2,5 e 6 na escala de Pfund), produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Iberica) a partir de néctar de flores cheiro e sabor floral (labiadas), pólen de Rosmarinus, Lavandula e Mentha (no total  15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica da Albufeira de Castelo de Bode: cor clara ( 6 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (ericáceas), pólen de Ericaceas (E. Arborea, E. Umbellata, E.lusitanica, E.australis, Calluna, Arbustus unedo) (no total  10 %), Mirtus, Viburnum, Rubus, Castanea, Cistaceae, Rahmnus e Jasione montana (no total  20 % ); - Mel do Ribatejo Norte - Produzido na sub-região ecológica do Bairro: cor variável (entre 1 e 8 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (soagem e cardo), pólen de Echium ( 15 %), Rubus, Trifolium, Compositae, liguliflorae e Cruciferae (no total  15 %); - Mel do Ribatejo Norte - produzido na sub-região ecológica do Alto Nabão: cor variável (entre 6 e 11 na escala de Pfund), com cheiro e sabor floral (eucalipto), pólen de Eucalyptus ( 15 %), Echium, Compositae liguflorae e Crucíferae (no total  15 %).

Produto

- DOP

Mel produzido pela abelha Apis melífera (sp. Iberica), a partir do néctar das flores da flora característica da região do Alentejo. A cristalização é fina e compacta e tanto o cheiro e o sabor como a cor (amarelo transparente até ambarino) variam consoante a respectiva composição polínica. O mel do Alentejo DOP é classificado como: - Mel de rosmaninho: pólen predominante de Lavanda stoechas L. (> 13%) - de cor clara, indo do quase transparente até ao âmbar claro, de aroma e paladar finíssimos e leves; - Mel de soagem: pólen predominante de Echium spp. (> 40%), com grande tendência para cristalizar, devido à relação frutose/glucose. No estado líquido a cor varia de âmbar claro a âmbar. A cristalização é compacta, fina e esbranquiçada ou amarelada. O aroma e o paladar são suaves; - Mel de eucalipto: pólen predominante de Eucaliptus spp. (> 40%), de cor âmbar, de paladar pronunciado e forte, característico dos eucaliptais; - Mel de laranjeira: pólen predominante de Citrus spp. (> 15%), de cor clara, paladar delicado e aroma característico das fragrâncias dos laranjais; - Mel multifloral: mel proveniente de néctar produzido por espécies existentes nas pastagens naturais, zonas de pousio sem predominância de nenhuma espécie. Contudo, terá sempre uma das seguintes plantas (> 5%): Esteva, Sargaço, Rosmaninho, Soagem, Eucalipto, Cardo, Tomilho, Laranjeira e Alecrim. A cor varia entre o âmbar claro e o âmbar escuro, e o aroma e o paladar são ricos, perfumados e profundos.

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